O tempo mais firme em parte do Centro-Oeste do Brasil permitiu que a colheita da safra de soja 2020/21 evoluísse com ritmo um pouco melhor na semana passada, deixando a área colhida em 4% do total cultivado, mas ainda com forte atraso na comparação com a média histórica, informou a consultoria AgRural nesta segunda-feira.
Até a semana anterior, produtores tinham colhido somente 2% da área. Na mesma época da safra passada, a colheita de soja havia atingido 16%.
Apesar do avanço, disse a AgRural, o índice colhido no Brasil segue como o menor para esta época do ano desde a temporada 2010/11.
“No Sul, as chuvas da semana passada favoreceram o desenvolvimento das lavouras do Rio Grande do Sul. Mas, ainda que um pouco menos volumosas e constantes, as precipitações ainda dificultaram o avanço da colheita nas poucas áreas do Paraná e de Santa Catarina que já estão prontas”, afirmou a consultoria em nota.
Há problemas de qualidade que persistem nas lavouras do Sul –por enquanto, restritos a talhões semeados em setembro, quando as regiões produtoras ainda passavam por uma estiagem.
“O tempo mais seco previsto para os próximos dias deve favorecer a perda de umidade e o avanço da colheita”, estimou a consultoria, ainda sobre os Estados do Sul.
A AgRural também alertou que chuvas abaixo do normal registradas até a semana passada inspiram cuidado em pontos de Minas Gerais, Goiás e do Matopiba –região composta pelo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Além disso, a consultoria afirmou que, com poucas áreas de soja já prontas para a colheita e os produtores de Mato Grosso ainda focados na semeadura do algodão, que também está atrasada, o plantio da segunda safra de milho chegou na última quinta-feira a 3,4% da área prevista para o centro-sul do Brasil.
Trata-se de um atraso considerável, visto que este percentual estava em 23% das áreas um ano antes.
Com informações da Reuters