BLOG | USDA vê safra recorde de milho nos EUA e preço cai em Chicago

USDA vê safra recorde de milho nos EUA e preço cai em Chicago

9 de novembro 2023 | ,

 

 

A divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) evidenciou aquilo que já se falava há meses: existe uma ampla oferta de milho no mundo. Esse cenário não abre espaço para reação dos preços na bolsa de Chicago. Diante disso, os lotes do cereal para dezembro caíram 1,68%, com a cotação de US$ 4,68 por bushel.

O principal ajuste se deu na oferta americana, que vem crescendo desde o mês passado. Hoje, o órgão elevou em 1,13% sua estimativa de colheita no país, para 386,97 milhões de toneladas, bem acima das 383,02 milhões que foram projetadas por analistas de mercado.

“O aumento nas estimativas veio um pouco maior que a encomenda. Se este número [386,97 milhões de toneladas] de fato se confirmar, será a maior produção de milho da história dos EUA, garantida pelo aumento de área, e que poderia ter sido ainda maior, não fossem alguns problemas climáticos ao longo do ciclo”, destaca Daniele Siqueira, analista da AgRural.

Como resultado de uma indicação de oferta maior, os preços futuros do cereal bateram o menor valor desde setembro de 2021. Mas a especialista diz que agora o comportamento dos contratos vai depender da demanda pelo milho americano e do que vai acontecer na safra 2023/24 da América do Sul.

“A percepção de que a janela do milho safrinha 2024 do Brasil poderá ser prejudicada pelos problemas no plantio da soja é um fator que pode dar suporte as cotações. Por outro lado, se o clima continuar colaborando, a Argentina pode ter uma grande recuperação nesta safra 2023/24, cobrindo pelo menos parte de eventuais reduções no Brasil”, lembra Daniele.

 

Trigo

Nesta quinta, o trigo recuperou parte dos ganhos de mais de 4% na última sessão na bolsa de Chicago, após estimativas favoráveis para a produção em alguns grandes produtores do cereal. Os contratos que vencem em dezembro fecharam em queda de 1,94%, a US$ 5,8075 por bushel.

Ainda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos tenha revisado para baixo suas estimativas para a oferta global de trigo em 2023/24, a perspectiva para o aumento dos estoques cresceu 0,22% neste mês.

Além disso, os prognósticos do departamento mantêm a indicação de que a Rússia, principal exportador mundial, seguirá como uma força negativa aos preços em Chicago. O órgão aumentou em quase 6% sua estimativa para a colheita russa, que agora está prevista em 90 milhões de toneladas.

Outro dado com peso significativo para o mercado, foi o aumento das projeções de exportações da Ucrânia, que cresceram 9,1% em relação ao mês anterior, para 12 milhões de toneladas.

Os ucranianos têm conseguido escoar suas mercadorias agrícolas mesmo após o fim de um acordo firmado com a Rússia, em julho.

Desde 8 agosto, com a criação de um corredor de exportação temporário no Mar Negro, a Ucrânia exportou 3,3 milhões de toneladas de grãos, que foram transportados em 91 navios, segundo informou o ministro da Infraestrutura do país, Oleksandr Kubrakov.

 

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