Os grãos negociados na bolsa de Chicago passaram por correção técnica e encerraram o dia em queda. No caso da soja, os contratos que vencem em março, os mais líquidos, recuaram 0,99%, a US$ 15,2450 por bushel, e os papéis para maio caíram 1,04%, a US$ 15,2150 por bushel.
“O contrato para março chegou a subir para US$ 15,48 por bushel mas falhou em se manter acima de uma resistência em torno de US$ 15,45 devido à melhora das condições do clima na Argentina, que é o principal foco fundamental do mercado no momento”, disse Daniele Siqueira, analista da Agrural.
Segundo ela, as áreas produtoras do Rio Grande do Sul também estão no foco dos investidores. Há previsão de chuvas para os próximos dias, mas a distribuição deverá ser restrita. “Como a safra dos outros Estados é muito boa, a colheita do Brasil é um fator mais negativo do que positivo para o mercado. Assim, o foco é mesmo a Argentina”, complementou
Milho
O milho também caiu, interrompendo uma série de cinco altas consecutivas. Os papéis do cereal para março, os mais negociados, recuaram 0,58%, a US$ 6,8125 por bushel, e os contratos que vencem em maio encerraram o pregão em queda de 0,51%, a US$ 6,7925 por bushel.
Daniele Siqueira, da Agrural, diz que a previsão do tempo agora aponta para um clima mais favorável às lavouras da Argentina. As chuvas neste momento são mais do que bem-vindas, já que apenas 7% das plantações de milho do país estão em condições boas ou excelentes.
No curto prazo, a demanda pelo milho americano pode seguir aquecida, segundo a analista, o que tende a dar novo impulso às cotações. Na semana passada, os Estados Unidos embarcaram 774,5 mil toneladas do grão, praticamente o dobro do volume da semana anterior, de acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA).
Trigo
Nas negociações do trigo, os contratos para março, os mais negociados em Chicago, caíram 1,23%, a US$ 7,4250 por bushel. Já os papéis para maio recuaram 1,15%, a US$ 7,5025 por bushel.