Conforme avança a colheita brasileira da segunda safra de milho, problemas de qualidade estão chamando a atenção no Paraná e em menor medida em Mato Grosso do Sul, após geadas atingirem os dois Estados em julho, disse a consultoria AgRural em nota nesta segunda-feira.
No Paraná, segundo produtor de milho do Brasil, a umidade dos grãos “ainda é alta”, especialmente no norte do Estado, disse a consultoria.
“Nas regiões oeste e sudoeste, onde a colheita avançou em ritmo mais acelerado na semana, os problemas de qualidade causados pelas geadas se avolumaram, com relatos de cargas saindo das lavouras com até 40% de avariados”, disse a AgRural.
“Também há queixas de qualidade em Mato Grosso do Sul, mas elas são menos graves que no Paraná”, completou.
No fim de julho, a AgRural reduziu novamente a sua estimativa de produção de milho na safrinha 2021, que agora é de 51,6 milhões de toneladas no centro-sul, com queda de quase 26 milhões de toneladas na comparação com a estimativa inicial, feita em outubro do ano passado, devido aos efeitos da seca e das geadas.
Com isso, a produção total do Brasil (primeira, segunda e terceira safras somadas) na temporada 2020/21 caiu para 82,2 milhões de toneladas, contra 102,6 milhões de toneladas em 2019/20.
Em Mato Grosso, maior produtor brasileiro, a colheita está praticamente encerrada, enquanto atingiu 70% no centro-sul como um todo até a última quinta-feira.
O número representa avanço de 12 pontos percentuais sobre os 58% de uma semana antes, mas segue atrás dos 77% colhidos no mesmo período do ano passado.
“Já praticamente encerrados em Mato Grosso, os trabalhos seguiram sem maiores percalços em Minas Gerais e em São Paulo, onde o ritmo não está muito distante do registrado no ano passado, e tiveram bom avanço em Goiás e Mato Grosso do Sul, ainda que o atraso persista em ambos os Estados”, notou.
Com informações da Reuters