O ritmo de plantio de soja da safra 2021/22 do Brasil se manteve na última semana como o segundo mais rápido da história, sinalizando “boa” janela para a segunda safra de milho, semeada após a colheita da oleaginosa, afirmou a consultoria AgRural, nesta segunda-feira.

Além disso, o plantio acelerado deve propiciar uma oferta de soja da nova safra mais precoce ante o ano passado no maior produtor e exportador da oleaginosa, comentou a consultoria em nota.

Até a última quinta-feira, o plantio de soja havia atingido 52% da área projetada, contra 38% uma semana antes e 42% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria.

“Pela terceira semana consecutiva, o plantio ocupa o posto de segundo mais acelerado da história, atrás apenas da safra 2018/19”, disse a AgRural, citando que o avanço se deve a chuvas mais abundantes e regulares registradas em outubro.

O cenário é “bem mais tranquilo” que o observado na safra passada, quando a seca afetou os trabalhos de plantio, comprometendo também a janela da segunda safra de milho, que acabou sendo quebrada de forma severa pela estiagem e geadas.

“Com a semeadura da soja na reta final, Mato Grosso já garantiu uma boa janela para o plantio da segunda safra de milho nos dois primeiros meses de 2022…”, disse a AgRural, referindo-se ao maior produtor de grãos do Brasil.

Segundo a consultoria, o cronograma de safra “será prejudicado somente se chover demais no período a ponto de atrasar a colheita da oleaginosa”.

A consultoria disse que as primeiras áreas plantadas com soja em Mato Grosso já devem começar a ser colhidas na semana do Natal, “reforçando a expectativa de abastecimento normal em janeiro”.

Na temporada passada, o atraso na safra colaborou para aumentar a escassez no mercado.

A AgRural disse ainda que choveu em excesso em algumas áreas, especialmente no Paraná, “o que pode levar ao replantio de algumas lavouras isoladas –nada que comprometa, por ora, o bom andamento da safra”.

Com relação ao milho que será colhido no verão, o plantio chegou na quinta-feira a 63% da área estimada para o centro-sul do Brasil, contra 53% uma semana antes e 54% no mesmo período do ano passado.

“As condições climáticas têm sido favoráveis ao plantio e ao desenvolvimento das lavouras em toda a região”, disse a consultoria.

 

Com informações da Reuters

 

 

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