A segunda safra de milho do centro-sul do Brasil foi estimada nesta segunda-feira em 51,6 milhões de toneladas, redução de 3 milhões de toneladas na comparação com a projeção de julho, após geadas e seca impactarem as produtividades, disse a AgRural em boletim.
Se confirmada a previsão, a colheita da segunda safra na região deverá cair 18,9 milhões de toneladas ante a temporada anterior, apontaram os números da AgRural.
A produtividade estimada para o centro-sul, de 66,6 sacas por hectare, é a mais baixa em dez anos, disse a consultoria, em referência à quebra de safra que está aumentando preços, elevando importações e cortando exportações de milho do Brasil.
“A quebra da safrinha de milho 2021 –plantada com grande atraso devido à safra de soja mais tardia– foi resultado da falta de chuva em grande parte das áreas produtoras em abril e maio e das geadas registradas do final de junho para cá…”, disse a AgRural em nota.
A consultoria também afirmou que, além de reduzirem a produtividade, as intempéries também “causaram problemas de qualidade para o cereal”.
Combinadas aos números da Conab para o Norte/Nordeste, as estimativas da AgRural para o centro-sul resultam em produção brasileira de 56,2 milhões de toneladas de milho na segunda safra em 2021, contra 59,1 milhões na projeção do início de julho e 75,1 milhões de toneladas na “safrinha” de 2020.
A produção total (primeira, segunda e terceira safras somadas), por sua vez, é estimada agora em 82,2 milhões de toneladas, ante 85,3 milhões em 1º de julho e 102,6 milhões de toneladas na temporada.
A AgRural disse ainda que a colheita da segunda safra chegou na quinta-feira a 49% da área cultivada no centro-sul do Brasil, contra 39% uma semana atrás e 61% no mesmo período do ano passado.
Chuvas esparsas na semana passada em alguns pontos da região limitaram o avanço da colheita em parte das áreas produtoras.
Com informações da Reuters