A safra de soja 2018/19 do Brasil, em colheita avançada, deverá totalizar 112,5 milhões de toneladas, projetou a AgRural nesta segunda-feira, em um corte de quase 4 por cento ante a previsão do mês passado, com a cultura ainda sentindo as condições climáticas desfavoráveis durante a fase de desenvolvimento.

Caso o volume se confirme, será o menor em três anos e ficará 5,7 por cento abaixo do recorde de 119,3 milhões de toneladas de 2017/18. Também seria cerca de 10 milhões de toneladas inferior ao que diversas consultorias e entidades projetaram em uma recente pesquisa da Reuters.

Em dezembro, calor e chuvas abaixo da média prejudicaram principalmente as plantações de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, segundo a consultoria.

“Desta vez, todos os Estados produtores tiveram cortes, com exceção de Rio Grande do Sul, Pará e Rondônia. Em relação ao ano passado, os Estados com as maiores perdas de produção são Paraná e Mato Grosso do Sul”, afirmou a AgRural em boletim, referindo-se ao tempo ruim também em janeiro.

“Embora o Rio Grande do Sul tenha boas lavouras até o momento, as condições climáticas de fevereiro são decisivas para a produtividade gaúcha. As chuvas e as temperaturas de fevereiro também são importantes para a produtividade do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), região que já registra perdas devido às condições desfavoráveis de janeiro”, alertou a AgRural.

A divulgação dos dados ocorre um dia antes de a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em janeiro já cortou suas estimativas, soltar novas previsões para a safra do maior exportador mundial da oleaginosa.

 

COLHEITA

Segundo a consultoria, 26 por cento da área cultivada com soja no Brasil havia sido colhida até a última quinta-feira, avanço de sete pontos percentuais na semana. Os trabalhos em 2018/19 estão bem acelerados ante os 10 por cento de um ano atrás e os 12 por cento na média de cinco anos.

“A colheita acelerada –puxada por Mato Grosso (57 por cento), Paraná (30 por cento) e Goiás (30 por cento)– é resultado de um plantio antecipado e rápido e do encurtamento do ciclo das lavouras em algumas áreas devido ao tempo quente e seco”, explicou a consultoria.

 

Com informações da Reuters

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