A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 já ocorre nas primeiras áreas dos Estados de Mato Grosso e Rondônia, mas o ritmo ainda é lento por causa da umidade, algo comum para o Cerrado nesta época do ano. A avaliação é de levantamento da AgRural, que estima que 0,04% da área brasileira de soja estava colhida até quinta-feira (5), em comparação com 0,2% no mesmo período do ano passado, quando as colheitadeiras já estavam em ação também no Paraná.

Segundo a AgRural, neste ano, a colheita paranaense começará mais tarde em virtude do alongamento do ciclo das lavouras do oeste e sudoeste do Estado, onde o tempo encoberto do início da safra tornou o desenvolvimento das plantas mais lento. No Rio Grande do Sul, onde o plantio das últimas áreas ainda está em curso, o tempo quente e seco preocupa, mas ainda não há quebra de safra. Caso as condições continuem adversas ao longo de janeiro, porém, o potencial produtivo será reduzido.

No resto do País, a safra se desenvolve bem até o momento e a expectativa é de boas produtividades. Em meados de dezembro, a AgRural estimou a produção de soja do Brasil em recordes 153,6 milhões de toneladas. Uma nova revisão será feita em meados de janeiro.

Milho – A colheita da primeira safra brasileira de milho da temporada 2022/23, o milho verão, atingiu na quinta-feira (5) 2,3% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, em comparação com 3,1% um ano atrás, de acordo com dados da AgRural. “Como de costume, o ritmo é puxado neste primeiro momento pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Estados de calendário mais antecipado”, disse a AgRural.

No Rio Grande do Sul, especialmente na região noroeste, o início da colheita confirma a quebra de safra por estiagem, que deve se agravar caso o tempo continue quente e seco no Estado. Em dezembro a AgRural já reduziu a estimativa de produção do milho gaúcho. Um novo corte será feito ainda em janeiro.


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