A China reduziu sua estimativa para as importações de soja em 2020/21 após um declínio nas margens de esmagamento, disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país em relatório mensal publicado nesta quinta-feira.

As importações de soja pela China em 2020/21 passaram a ser vistas em 98,6 milhões de toneladas, queda de 1,84 milhão de toneladas em relação à estimativa do mês anterior, uma vez que o volume de processamento diminuiu desde julho por causa da redução nas margens, afirmou o relatório.

O ministério também disse que importadores adiaram compras da oleaginosa, à medida que o mercado espera que os preços da nova safra caiam em resposta à abundante colheita norte-americana.

A China também reduziu sua estimativa para o volume de esmagamento de soja em 2020/21, citando a menor proporção de farelo de soja na ração animal, dado que as margens do setor de suínos recuaram desde março, chegando inclusive a figurar em território negativo.

Analistas e operadores já vinham afirmando que as importações de soja pela China deveriam registrar uma desaceleração significativa no final de 2021, à medida que um colapso nas margens de suínos, além de um aumento no uso de trigo como ração, fez com que a demanda por farelo de soja diminuísse.

No início de maio, a Reuters reportou com base em avaliação da consultoria AgRural que a China estava “sumida” no mercado, após embarques recordes do Brasil em abril.

A queda nas previsões de importação e esmagamento de soja também empurrou para baixo –em 520 mil toneladas– as estimativas de produção de óleos vegetais da China em 2020/21, com o ministério passando a estimá-la em 28,51 milhões de toneladas.

 

Com informações da Reuters

 

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