Até a última quinta-feira (20), a colheita da safra 2021/22 de soja chegou a 5% de toda a área de cultivo no País, afirma a consultoria de mercado AgRural. Na comparação com a semana anterior, o índice era de 1% no volume colhido e de 0,7% ante o mesmo período de 2021. Em nota, a entidade afirma que o tempo firme em Mato Grosso colaborou para os trabalhos nas lavouras, impulsionando a colheita nacional.
No Estado, as chuvas mais espaçadas diminuíram os casos de grãos avariados e com excesso de umidade. No Paraná, onde os trabalhos seguem concentrados nas lavouras do oeste e do sudoeste, foram registrados baixos rendimentos por conta da quebra por estiagem. As chuvas recentes têm beneficiado as plantações do resto do Estado, mas chegaram tarde demais para essas áreas, afirma a consultoria.
No Rio Grande do Sul, onde a colheita ainda não começou, os volumes e a distribuição das chuvas deixaram a desejar e, com temperaturas ainda muito altas, a safra gaúcha segue perdendo potencial.
A produtividade também continua pressionada pela falta de chuva no sul de Mato Grosso do Sul.
A AgRural estima a produção 2021/22 de soja do Brasil em 133,4 milhões de toneladas, após dois cortes consecutivos em dezembro e janeiro devido à estiagem na região Sul.
Safrinha de milho – Com o avanço na colheita da soja, o plantio da safrinha 2022 de milho chegou a 5% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, puxado por Mato Grosso. No Paraná, o ritmo das plantadeiras tem sido limitado pela falta de umidade nas regiões oeste e sudoeste, onde já foram registrados problemas de germinação em áreas recém-semeadas e que podem ter de ser replantadas caso não chova nos próximos dias.
Já a colheita safra de verão se mantém concentrada nos três Estados do Sul, onde dados de produtividade comprovam a quebra por estiagem. Até quinta-feira (20), 11% da área plantada com milho no Centro-Sul do País estava colhida, ante 8% um ano atrás, de acordo com levantamento da AgRural.
Com informações da AgEstado