Vem aí uma safra cheia de grãos pela frente, o que obriga o produtor a ficar ainda mais atento à comercialização. Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizaram seus números neste início de semana.

A produção de soja vem como uma das surpresas. O bom desempenho das lavouras nos Estados Unidos deve elevar a produção dos americanos para 125 milhões de toneladas em 2024/25.

Para o Brasil, mesmo antes do início de plantio, o Usda estima uma safra recorde de 169 milhões de toneladas. A Argentina, terceira maior produtora mundial, terá 51 milhões.

Se o andamento das lavouras do Brasil e da Argentina seguir os padrões esperados pelos americanos, o mundo terá uma safra recorde de 429 milhões de toneladas, 8,5% a mais do que na anterior.

Ainda é cedo para uma estimativa de 2024/25, uma vez que o clima não dá tréguas em área nenhuma do planeta. Confirmados esses números, no entanto, os estoques mundiais de soja sobem 20%, para 134 milhões de toneladas. Serão suficientes para 122 dias de consumo, segundo a AgRural.

No relatório de oferta e demanda divulgado na segunda-feira (12), o Usda mantém a produção brasileira deste ano em 153 milhões de toneladas, volume superior aos 147 milhões divulgados pela Conab nesta terça-feira (13).

A boa notícia é que o consumo compensa parte dessa evolução de produção. Na safra 2023/24, os chineses importaram 111,5 milhões de toneladas. Na 2024/25, serão 109 milhões. O consumo mundial, que ficou estável em 23/24, cresce 8,5% em 24/25, atingindo 403 milhões.

No caso do milho, há uma perda de produção tanto no Brasil como nos Estados Unidos, mas sobe na Argentina. O dado desta terça-feira da Conab reajusta um pouco para cima a safrinha, mas ainda indica 116 milhões de toneladas no total da safra, 12% a menos do que na anterior.

Nos Estados Unidos, com a melhora do desempenho das lavouras e o aumento de produtividade, a produção fica em 385 milhões de toneladas, mas ainda abaixo do recorde de 390 milhões do período anterior.

Líder do mercado mundial no ano passado no milho, o Brasil vai enfrentar a concorrência dos americanos, argentinos e ucranianos nesta safra. A Conab espera vendas externas de 36 milhões de toneladas na safra 2023/24, e o Usda estima 49 milhões para o Brasil em 2024/25.

Segundo a AgRural, os números dos estoques finais do milho não mudam muito, ficando em 310 milhões de toneladas, o suficiente para 92 dias de consumo.


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